sábado, 23 de julho de 2011

Simplemente Amy Winehouse


Soube apenas no fim da tarde hoje da morte da cantora Amy Winehouse. Apesar de termos todos acompanhado os terríveis rumos pelos quais conduziu sua própria vida, impossível não receber a informação com uma mistura de surpresa, lamentação e tristeza.

Sem me alongar muito, mas é impossível não repetir alguns dos clichês que estão dizendo por ai. Talentosíssima, dona de uma voz marcante e um trabalho autoral forte, resgatou a essência da soul music dos EUA dos anos 1950.

E a exemplo de tantos outros, conduziu um processo auto-destrutivo, deixando a vida com 27 anos (assim como Jim Morison, Janis Joplin, Jimmi Hendrix, Kurt Cobain, entre outros). Sei lá, às vezes esta até é uma explicação quando pessoas que não parecem deste mundo vão embora. Agora, podemos dizer que não falta mais nada para Amy Winehouse de tornar um mito. 






domingo, 17 de julho de 2011

Triste fim...

Foto: AFP


Sabemos da dificuldade de se iniciar um novo trabalho do zero. Em especial, depois de um decepcionante desempenho na África do Sul, sendo a próxima Copa do Mundo no Brasil. Entretanto, creio que ninguém esperava uma campanha tão melancólica quanto à da Copa América 2011. A Seleção Brasileira deixa a Argentina nas quartas-de-final, com uma vitória e três empates, sendo eliminada em uma pífia disputa de pênaltis.

Agora não adianta discutirmos erros e acertos e potencial de melhora de alguns atletas. Durante o campeonato, citei minha opinião sobre os principais erros cometidos por Mano Menezes, a respeito de convocações erradas, jogadores deslocados de função, insistência com nomes que não mereciam. Assim como, cornetei também os atletas que julguei merecer. Hoje mesmo, ficou claro! Sem citar nomes, mas quantas vezes determinado jogador errava e olhava para cima, em busca do telão...

Sobre o jogo contra o Paraguai, é verdade que o Brasil teve seu melhor desempenho na competição. Entretanto, você jogar melhor em 120 minutos e perder a quantidade de gols que a equipe perdeu, não merecia melhor sorte. Quem sabe, se tivesse um especialista em fazer gols, as coisas seriam diferentes... Os quatro pênaltis perdidos ficam apenas como a cereja do bolo, de que aquilo que começa errado, tende a terminar errado.

Respiro aliviado ainda porque, pelo menos é o que acho, estaremos livres das imbecis piadinhas sobre argentinos que tomaram conta do noticiário esportivo brasileiro  - que fique claro, gosto deste formato descontraído, mas estão passando do ponto faz tempo. E méritos ao Paraguai, que soube segurar a pressão brasileira na base da raça e do coração, bem o que faltou no time verde e amarelo (bem diferente de 17 anos atrás...)

"É Teeeeetra!!!"


17 anos se passaram. E somente quem vivenciou a Copa do Mundo de 1994 para mesmo o seu real significado: nem  adianta querer explicar. Afinal, eram 24 anos que o Brasil estava sem o título e, neste ano, poucas seleções deixaram o país tão desacreditadas e poucos técnicos sofreram uma fritura tão descarada como Carlos Alberto Parreira. Neste período, ainda vivíamos a dor e o luto provocados pela despedida de Ayrton Senna.

Mas os tempos também eram outros e me lembro bem deles, apesar de ter então 11 anos. Era absolutamente outro clima, em que realmente nos importávamos com a Seleção, que inclusive usava um uniforme digno de uma Seleção Brasileira.

Porque até podíamos criticar a formação tática do time, reclamar da convocação de um outro jogador, querer que determinado atleta entrasse, mas não importava: em campo, víamos 11 guerreiros. Sim, já vivíamos a era do profissionalismo, mas ainda pairava o sentimento de cada um dar o máximo de si e que o grupo deveria prevalecer, não o individualismo e os contratos publicitários de hoje. 



Nos identificamos com os jogadores, pois muitos ainda jogavam no Brasil, e nos alegrávamos ao ver sair do banco um Cafu, um Müller, um Viola. E fora a expectativa que não se concretizou, quando nem ninguém podia sonhar que o garoto Ronaldinho viria a se tornar um fenômeno...

Assim, vimos então um Taffarel se agigantando nos momentos mais precisos; Aldair e Márcio Santos formando um verdadeiro paredão na zaga, enquanto Mauro Silva, Dunga e Mazinho fechavam o meio; a liderança de Jorginho; um desacreditado Branco ressurgir após Leonardo perder a cabeça; até mesmo Zinho, um tanto perdido na função de único armardor... 

E, principalmente, uma da melhores duplas de atacantes de todos os tempos: Bebeto e Romário. Aliás, foi este o momento mais esplêndido do Baixinho com a camisa 11 amarela! E no fim das contas, a disputa de pênaltis, com o histórico erro do então melhor do mundo só veio a coroar o sufoco que foi aquela caminhada. É como falei: só mesmo quem viveu para saber!


terça-feira, 12 de julho de 2011

"I wanna rock and roll all night..."


Aproveitando o Dia Mundial do Rock, comemorado nesta quarta-feira (12), escolhi o refrão do Kiss e a imagem do Jimi Hendrix com símbolos emblemáticos para definir o que é o gênero. Mesmo quase 60 anos depois de seu surgimento e das muitas mudanças que sofreu, o rock permanece o mesmo em sua essência, apesar das várias distorces e heresias que vem passando, em especial, nesta década em que vivemos.

Indico um link muito bom que achei, produzido pela Editora Abril no site da revista Veja, com um resumo bem ilustrado e explicativo sobre sua história. Ainda selecionei abaixo alguns vídeos emblemáticos sobre o rock, escolhidos única e exclusivamente sobre critérios pessoais. Sei que deixei muita coisa de fora, mas creio que eles simbolizam bem os ideais iniciais de liberdade, contestação e transgressão e que, felizmente, nunca desaparecerão completamente.









domingo, 10 de julho de 2011

Força Casão!


Parabéns ao Casagrande pela coragem de expor sua história em rede nacional pela TV, em pleno Domingão do Faustão. Se usando como exemplo de força de vontade para milhares de famílias, que vivem este drama pelo Brasil e desejam se livrar desta doença. Que Deus o mantenha perseverante para continuar sua luta! #EternamenteÍdolo

5x líder

Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Sem apresentar um futebol brilhante, o Corinthians jogou o suficiente para vencer o Atlético Goianiense por 1x0, em Goiânia. Os três pontos fora de casa garantiram ao Timão a quinta vitória consecutiva e a liderança do Campeonato Brasileiro de forma invicta, mesmo com um jogo a menos. Sem dúvida, um início de campeonato surpreendente, acredito que até mesmo para o técnico Tite, atletas, diretoria e, principalmente, torcedores (eu inclusive...).

O grande destaque do jogo, mais uma vez, foi o atacante Willian, autor do gol e criador das principais jogadas de ataque da equipe, ao lado de Liedson. Até o momento, Willian vem sendo a mais grata surpresa do Coringão em 2011. Contratado como aposta para compor o elenco, o garoto cavou sua vaga de titular com méritos. Se continuar assim, criará sérias dificuldades para quererem tirá-lo do time quando Adriano e Emerson Sheik estiverem nas condições físicas ideais...

Méritos também para Danilo: se não foi brilhante como no clássico contra o São Paulo, o meia foi decisivo hoje, participando diretamente do gol. Quem atuou bem também foi o meia Edenílson, que também atua como segundo volante e vem demonstrando boa técnica quando acionado. A exemplo de Willian, pode ser tornar um reforço barato de muito sucesso. Já Alex, em seu primeiro jogo como titular, teve alguns lances muito bons, demonstrando que pode vir a ser o maestro que todos estão esperando.

Foto: Idário Café / VIPCOMM

Apenas abrindo um parêntese para o Corinthians, não posso deixar de comentar o destaque da rodada: a grande atuação de Rivaldo, que comandou a vitória do São Paulo sobre o Cruzeiro, por 2x1. Sou fã incondicional do jogador, um dos poucos fora de série que tive a oportunidade de ver jogar, o que até já mencionei nos textos sobre a Copa 2002 e no primeiro dos posts sobre Ronaldo.

Indiscutivelmente gênio, o jogador provou ontem ainda ter muito a contribuir com futebol. Afinal, os 39 anos não são barreira para quem sempre manteve um vida de atleta dentro e fora de campo. E vamos combinar: um time como o São Paulo, cujo principal armador é o irregular Marlos, Rivaldo tem que ser titular absoluto. E o técnico Paulo César Carpegianni perdeu o emprego exclusivamente por seu ego...

Assim fica difícil...

Foto: Ricardo Matsukawa / Terra


Já se passaram quase 24 horas, vi a Seleção Feminina lutar e ser eliminada do Mundial pelos EUA nos pênaltis. Nem ia escrever nada a respeito de Brasil 2 x 2 Paraguai, pela Copa América de ontem, mas vamos lá, para umas breves palavras. Na semana passada, defendi entrada de Elias no lugar do ineficiente Robinho. Afinal, o ex-corintiano tem fôlego para marcar, chegar ao ataque com velocidade e finalizar bem, sendo um eficiente auxiliar para Ganso brilhar e Ramirez se aproxima do bom futebol que sabemos que ele tem.

Durante a semana, Mano Menezes havia ensaiado designar esta função a Elano, o que compreendi, por ele desempenhar função semelhante a Elias (embora mais lento, com menos poder de ataque e menos técnico) e por seu entrosamento com Ganso e Neymar. Entretanto, não é que o treinador surpreendeu e escalou Jadson? Critiquei, pois não o convocaria nem entre os 23 um jogador que não é titular nem do Shakhtar Donetsk (ao contrário do meia Willian, que apresenta um grande futebol desde que deixou o Corinthians...)

Reconheço, que Jadson apresentou alguns bons momentos, sendo o autor do primeiro gol, embora surpreendentemente tenha sido substituído no intervalo. De resto, voltamos a ver um amontoado de jogadores em campo, um time sem tática definida, em que nem a defesa (um dos pontos fortes do Brasil há anos) conseguisse repetir o bom desempenho. Alguns jogadores, como Daniel Alves e Neymar, simplesmente não entraram em campo ainda...

Foto: Ricardo Matsukawa / Terra


Por sorte, Fred permaneceu em campo por pouco mais de 10 minutos e empatou quando parecia impossível. Considero o atacante do Fluminense altamente técnico e fazedor de gol, mas fui contra sua convocação, pois vem se lesionando constantemente e está há tempo sem demonstrar o bom futebol de outros tempos. Entretanto, levando em conta o grupo atual da Seleção, Fred deve assumir o comando do ataque brasileiro no lugar de Pato.

Venho falando desde antes da competição e fui criticado, mas repito: Pato não é “O Cara” para assumir o posto que nomes como Vavá, Tostão, Roberto Dinamite, Reinaldo, Serginho Chulapa, Casagrande, Careca, Romário, Ronaldo, entre outros, honraram tanto. Por um motivo simples: Pato nunca foi e nunca será um centroavante. No máximo, deve ser um segundo atacante, embora ache até mesmo sua convocação questionável. Digo e repito: Nilmar, cortado antes da competição, está e continuará fazendo muita falta.

Quanto a Neymar, vamos esperar que contra o Equador, ele coloque a cabeça no lugar e apresente algo mais parecido com seu futebol. Claro, dificilmente ele dará o espetáculo a que estamos acostumados a ver com a camisa do Santos, mas é possível que ele passe a resolver a parada com seu talento individual. E que parem de bater e cornetar o garoto, como já vi muito por ai (uns majores até já pediram desculpas a Dunga, para ver o nível...). Um belo exemplo ontem, foi o próprio Ganso: em alguns flashs, ele lembrou o genial camisa 10 da Vila Belmiro! Espero que tenhamos tempo até 2014...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

"Hoje saio cedo, sem saber se vou voltar..."


 

Não vejo ninguém na minha frente!

Foto: Léo Pinheiro / Terra

Como grande fã de Juninho Pernambucano, não vou ficar bravo nem mesmo o susto pelo gol de falta na reestréia. O que valeu mesmo foram os 3 pontos por mais um vitória: 2 x 1 sobre o Vasco, com gols que valorizaram o bom futebol que está sendo apresentado pelos volantes Ralf e Paulinho. E o Coringão continua líder e invicto, mesmo com um jogo a menos!

terça-feira, 5 de julho de 2011

"Somos tão jovens..."


Fã incondicional do rock nacional dos anos 1980, como já reafirmei aqui mais de uma vez, aguardo ansiosamente 2012 como um ano especial, por ver a história desta excepcional geração da música brasileira nas telas de cinema. Já posso sentir antecipadamente a deliciosa nostalgia que será despertada pelos dois filme inspirados na Legião Urbana: Faroeste Caboclo e Somos Tão Jovens.

Enquanto o primeiro retrata a saga de João do Santo Cristo, o segundo é inspirado em fatos reais, a partir da biografia de Renato Russo, um dos maiores artistas brasileiro e um dos maiores ícones desta geração, que mantém sua força apesar de completados quase 15 anos de sua morte. O filme retratará a vida de Renato a partir de sua adolescência, em especial, entre os 15 e os 17 anos, quando a epifisiólise (rara doença óssea) o impediu de andar. 



Gostei da escolha de Thiago Rodrigues como protagonista do longa, pois, além da semelhança física com Renato, demonstrou talento em outros trabalhos, como o filme "Dois Filhos de Francisco" (o cantor Luciano) e a novela "Duas Caras" (o estilista Bernardinho). Sem mais informações sobre a produção, só resta esperar para que ela nos ofereça o que está sendo prometido!

Mal posso esperar para sentir o clima de um período que não vivi, mas sinto como se tivesse feito parte da minha vida: poder cantar todos os hits da trilha sonora como se estivesse em um show; o ambiente de contestação e ruptura sentidos pelos adolescentes que formaram as bandas de Brasília; o surgimento e o fim do Aborto Elétrico; as apresentações de Renato como "Trovador Solitário"; o aparecimento da Legião e outras importantes bandas desta safra (Capital Inicial, Plebe Rude), entre outras. 

E assim como Faroeste Caboclo é um verdadeiro hino por gerações de fãs, a escolha do título não poderia ter sido mais feliz. Afinal, "Somos Tão Jovens" é o refrão de um dos principais sucessos da Legião: "Tempo Perdido".


domingo, 3 de julho de 2011

De dar sono...

Foto: AFP

Com exceção da patacoada ufanista propagada por meus colegas da imprensa brasileira, liderada como  sempre pela Rede Globo, não esperava uma estréia de gala da Seleção Brasileira hoje pela Copa América. Entretanto, confiava em uma vitória no sufoco, graças a alguma jogada individual de Ganso, Neymar, Lucas Silva, uma cobrança da falta de Daniel Alves, ou algo do gênero. Mas o jogo de hoje passou bem longe disto...

Sei que é praticamente impossível um time que jamais entrou em campo e está treinando junto há pouco tempo dar espetáculo logo de cara. De qualquer forma, esperava alguns lampejos de criatividade pelo Brasil hoje. Mas o que vimos hoje, foi uma equipe um tanto dispersa :Ganso e Neymar completamente apagados; Daniel Alves e André Santos  até tentaram,mas pouco chegaram; Ramires pouco chegou na frente...

Agora, uma crítica especial para um jogador que dizem que tenho marcação: Robinho. Em razão da qualidade demonstrada quando surgiu no Santos, entre 2002 e 2004, até hoje ele mantém lugar cativo na Seleção Brasileira. Agora me respondam, o que ele fez de produtivo para o futebol mundial de lá para cá? Sim, pois, de promessa de um novo Pelé, ele se tornou um jogador desprezado por Real Madrid e Manchester City e coadjuvante em títulos conquistados por Santos e Milan. De lá para cá, sua única habilidade digna de destaque é fazer "Caras & Bocas" para a lentes de fotógrafos e cinegrafistas...

Foto: O Globo

Só para fechar, sou muito fã de Mano Menezes e torço para este time do Brasil dar certo, especialmente para exorcizar de uma vez por todas o espírito do "comprometimento" liderado por Dunga & Cia. Porém, é hora do professor rever algumas posições, que eu mesmo dizia antes do jogo. Até para que, novamente, um cachorro não seja o grande destaque da partida... Uma delas é que encher o time de atacantes não é garantia de futebol criativo e ofensivo. Ainda mais com a presença de Robinho, que é a certeza de entrar em campo com dez. (Ele pode marcar três gols no próximo jogo, que não mudarei de opinião...)

A exemplo do que o próprio Mano fez no Corinthians, defendo um meio-campo com uma formação mais compacta, que preencheria os espaços e teria mais marcação, ao mesmo tempo, teria leveza e habilidade para chegar ao ataque com rapidez, Lucas Leiva, Ramires e Elias. Manteria Ganso como maestro para servir a Neymar, deixando os dois gênios com total liberdade para atacar. Como 2º atacante, manteria Pato por enquanto, embora não o considere o nome ideal para ser o dono da camisa 9. Considero esta formação bem ofensiva e consistente, contando ainda com Lucas Silva como excelente opção de ataque para o 2º tempo.

Vamos aguardar o jogo de sábado contra o Paraguai. E espero que, além do time, este jogo tenha servido de alerta para baixar a bola dos meus colegas de imprensa. Aliás, estou louco para saber se a matéria de Brasil x Venezuela no Globo Esporte São Paulo terá o tom engraçadinho que foi dado ao jogo Argentina x Bolívia...