quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Libertados



Sabem quem nem liguei muito pra derrota pro Figueira? Afinal, recebi hoje meu exemplar! Simplesmente fantástico: as fotos do Daniel Augusto Jr. são ducareleo, papel, diagramação e encadernação perfeitos! Mais um registro histórico indispensável em meu acervo!!! #VaiCorinthians

quarta-feira, 18 de julho de 2012

L-I-E-D-S-H-O-W-!!!



Voltei hoje em edição extraordinária, o que nem fiz nem na inédita Libertadores (quem sabe, outro dia falo dela...) Apesar de feliz pelos 3x0 sobre o Flamengo, a principal notícia sobre o Corinthians hoje me deixou triste. Liedson se despediu oficialmente da Nação Corithiana, em um vídeo emocionante. Atacante que combina velocidade, técnica apurada e goleador nato, Liedson se identificou de imediato com o Corinthians em 2003, muito por conta de seu espírito lutador, guerreiro e humilde. 

Ironicamente, esta simplicidade o impediu de ter um marketing pessoal forte e, ao contrário de muitos caneludos, o impediu de vestir a camisa da Seleção Brasileira. Acabou optando por se tornar português, o que o levou à Copa do Mundo 2010. E após 8 anos vivendo na nação que o adotou e conquistou maior independência financeira, retornou ao Corinthians. 

Mesmo com propostas financeiramente melhores, o Levezinho escolheu voltar a defender a camisa com que tanto se identificou e a torcida que o acolheu com tanto carinho, mesmo com tamanha turbulência... E 2011 foi mais um ano inesquecível dele no Timão: gols decisivos e bonitos (como as duas coberturas sobre o Santos), artilharia no Paulista e Brasileiro (que veio junto com Pentacampeonato). 



Infelizmente, 2012, os já combalidos joelhos deram sinais mais evidentes de desgaste. Os gols foram sumindo, a explosão física parecia não ser mais a mesma, fazendo com perdesse a vaga de titular. Mesmo assim, o camisa 9 sempre mostrou a mesma raça e determinação, recebendo em troca a confiança do técnico Tite, o carinho dos companheiros de time e a gratidão da torcida, que continuou gritando seu nome durante a histórica campanha da Libertadores. 

 Então, por falta de acordo, a diretoria achou que não valia a pena mantê-lo no elenco, pelo "alto custo" dos seus R$ 300 mil mensais? Será mesmo? Afinal, quantos milhões o Corinthians jogou fora com atacantes que não deram resultado, como Souza, Bill, Elton, Gilsinho? Adriano? Este então é uma novela a parte... 




É preferível abrir mão de um ídolo da torcida e líder do elenco, que ainda poderia sim ser útil durante vários jogos e privá-lo da chance de ser Campeão Mundial pelo time que aprendeu a amar, podendo encerrar sua vitoriosa carreira com chave-de-ouro? Infelizmente, a diretoria não pensou assim, e nós torcedores não podemos fazer nada para reverter isto...

Liedson, que Deus continue te acompanhando e boa sorte para onde quer que você vá. E tenha a certeza: nós corinthianos é que seremos eternamente agradecidos a você e lembraremos para sempre dos seus gols e de gritar: L-I-E-D-S-H-O-W-!!!

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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Avante Vingadores!



Iniciativa digna de aplausos da Marvel Comics desde que foi anunciada, em meados da década passada, “Os Vingadores” superou todas as expectativas. Assisti ao filme no último domingo e, até agora, vibro ao lembrar de cada detalhe que vi na telona, com som digital e projeção em 3D. Acima do mérito de juntar expressivos heróis na tela, o ousado projeto acertou em todos os aspectos, partindo da simples premissa: fazer um filme de super-heróis, sem ceder a tendências e modismos. 

 Aliás, deixo claro aqui. Este post não pretende fazer nenhuma crítica elaborada a respeito do filme, porque creio existir outras mais abalisadas disponíveis (inclusive, indico as dos sites Omelete e Cinema com Rapadura). Abaixo, vão algumas impressões pessoais e cornetagens despretensiosas, nada mais. 

Como já comentei outras vezes, super-heróis me acompanham desde a infância, muito antes de eu saber ler, imaginar a existência de uma guerra entre editoras de quadrinhos e da existência da internet, para saber mais sobre o tema. Conheci então estes personagens através da TV, brinquedos e roupas que ganhava da família (algumas vezes, mesmo sem pedir). Um destes exemplos se encontra no meu Facebook



Quem viveu a infância nos anos 1980, se deparava na TV com diversas produções desenvolvidas nas décadas anteriores. Especificamente, conheci as aventuras individuais dos componentes dos Vingadores por meio dos "Desenhos Desanimados", exibidos pela TV Record, e a clássica série O Incrível Hulk, nas tardes de segunda a sexta-feira da finada TV Manchete. Curtia também o Gigante Esmeralda nos telefilmes passados na “Sessão das Dez”, no SBT. Em um deles, o Dr. Banner inclusive se encontrou com o Thor

Aliás, algumas das minhas noites de domingo depois do Silvio Santos trouxeram a minha infância o Capitão América , no longa-metragem de 1979. Para saber mais sobre a história dos Vingadores, assista ao vídeo abaixo. Resumindo, o grupo foi criado em 1963, pelos geniais Stan Lee e Jack Kirby. A idéia de reunir os principais heróis da Marvel surgiu diante da necessidade da editora reagir ao crescimento das vendas da DC Comics provocado pela publicação da série em quadrinho da Liga da Justiça.

Este vídeo explica melhor como os Vingadores surgiram e como mudaram ao longo dos anos.



A DC abriu o mercado cinematográfico para as grandes produções inspiradas nas HQs, em 1978, com o inesquecível Superman - O Filme , e a primeira saga de Batman, a partir de 1989 (muito bem iniciada por Tim Burton e quase aniquilada por Joel Schumacher). A história do Homem-Morcego precisou ser recontada nos anos 2000, por Christopher Nolan , em um retrato mais fiel impossível, cujo arco será encerrado em "O Cavaleiro das Trevas Ressurge". Entretanto, justamente o sucesso de crítica e público do Batman, fez as cifras cegarem os executivos da DC. 

Desde o perfeito Batman - O Cavaleiro das Trevas, a editora decidiu que todos os filmes de seus personagens adotarão tons mais sombrios (embora isto não tenha sido visto no razoável filme-pipoca Lanterna Verde). Com isso, até o legado de quase 40 anos do Homem de Aço nas telas será absurdamente descartado, com sua origem sendo recontada em 2013.

Nos cinemas a editora só entrou para valer no fim da década de 1990, com as espetaculares trilogias dos X-Men e do Homem-Aranha (que, infelizmente, também será totalmente descartada). Mesmo assim, quase cinco décadas depois, é fácil concluir a Casa de Idéias está ganhando de goleada da concorrente no mercado cinematográfico!


Sendo assim, com um Batman encerrando atividades, um Superman renascendo e um Lanterna Verde (lá vai o trocadilho infame...) perdido no espaço, não deixam perspectivas nada animadoras sobre um possível filme da Liga da Justiça – projeto discutido e abandonado há alguns anos, que rendeu, no máximo, um aperitivo na TV, em Smallville. Felizmente, a Marvel acertou por caminhar na direção oposta: a força dos Vingadores está justamente nas diferenças!

Embora os filmes individuais dos heróis apresentassem uma unidade de linguagem, se interligando com destino ao super-encontro, cada produção respeitou as características específicas de cada personagem. Em comum, todos apresentaram situações bem humoradas, aparições de Nick Fury (o impecável Samuel L. Jackson), diretor da SHIELD, órgão de segurança máxima mantido pelo governo EUA, participações especiais de Stan Lee, as aguardadíssimas cenas pós-créditos, e dezenas de pistas espalhadas pelos filmes (apontando em direção aos Vingadores). E assim se passaram dois Homens de Ferro, dois Hulks um Capitão América e um Thor.



Desta maneira, fomos brindados com um Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) egocêntrico, sarcástico e adoravelmente insuportável (para mim, o grande astro da equipe); o bom-mocismo nato, o senso patriótico a formação militar do Capitão América (Chris Evans); a mitologia, magia e senso de justiça que um governante deve ter, representados pelo Thor (Chris Hemsworth); e a chance dada pela vida para apagar erros do passado, cometidos pelos inteligente e habilidosos agentes Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Gavião-Arqueiro (Jeremy Renner); e o conflito entre fazer o bem mantendo uma criatura incontrolável, dentro de si, vivido pelo Dr. Bruce Banner / Hulk (Mark Ruffalo) – a melhor adaptação do personagem, corrigindo falhas dos filmes anteriores.


Convocados por Nick Fury, os heróis são obrigados na marra a conviverem para evitar um desastre mundial. Ai sim: tudo pronto para os inesquecíveis confrontos entre Homem de Ferro e Capitão América; ou quando os dois se juntaram para lutar contra o Thor; as provocações de Tony Stark a Banner, a fim de acordar o Hulk; e claro, a inspiradíssima participação de Loki (Tom Hiddleston), irmão de Thor e grande vilão da história combinando perfeitamente magia, lutas físicas e terrorismo psicológico. Até mesmo nós, fãs nerds, estamos representados no longa-metragem, pelo íntegro Agente Coulson (Clarck Greegg).




Quanto aos aspectos técnicos, não há nada falar mal do filme: roteiro, fotografia, sonorização, trilha sonora e efeitos especiais perfeitos Basta assistir à sequência da batalha final, em que cada herói tem sua importância para o sucesso da missão, em lutas perfeitamente bem-humoradas, plausíveis e plasticamente perfeitas e convincentes, com explosões, demolições, lutas intergalácticas e afins em plena Nova York.

 E o final do filme, nos remete a uma grande mensagem de esperança, assim como acontece desde sempre – porém, de uma forma nova e coerente. Mas pelo que mostrou na tela, juntos ou separados, Os Vingadores deixaram sim em nós fãs uma mensagem de esperança em um futuro melhor – pelo menos, nas telas de cinema!


"Caiu as calças do animador! Seguraaaaa..."

sábado, 28 de abril de 2012

"Pensando bem, não vale à pena..."



Estou maravilhado com o livro "Vale Tudo: o som e a fúria de Tim Maia", do jornalista Nélson Motta. Desde que a biografia foi lançada, tinha vontade conhecer melhor a história de um dos maiores gênios da música brasileira. Agora, como assistirei em breve ao badalado musical homônimo, estrelado pelo igualmente elogiado ator Tiago Abravanel, no Teatro "Procópio Ferreira, em Sampa, achei que era o momento perfeito para começar!

Como já afirmei antes, desde criança admirava Tim Maia, por seu talento único, carisma e incrível capacidade de contar histórias que viveu, mas que soam mais inacreditáveis do que muitas obras ficcionais. E assim é o tom da história, somente possível de ser atingido por Nelson Motta - não só pelo seu talento narrativo, mas por ser um importante personagem da cena musical brasileira nas décadas de 1960 e 70, desfrutando da amizade com o artista por quase 30 anos.

E mesmo no meio da minha leitura, vou compartilhar uma passagem que vale a pena (claro, pretendo voltar ao assunto em breve). Muita gente ainda não deve saber disto, mas os caminhos de Tim Maia e Roberto Carlos se cruzaram logo no início de suas carreiras, sendo os dois integrantes da banda "Os Sputiniks" . Na foto acima, eles aparecem ao lado de Erasmo Carlos, amigo com quem Tim conviveu em boa parte da infância e da adolescência.



Encurtando a história, as carreiras de Tim e Roberto acabaram tomando rumos opostos, até o estrondoso sucesso da Jovem Guarda consagrar o Rei. Mesmo com o indiscutível sucesso de público, Roberto sofria pesadas críticas de especialistas e dos chamados intelectuais, em especial, pela "banalidades das letras" e "superficialidade sonora".  Já para Tim, digamos, as coisas não estavam saindo exatamente como o planejado... E após alguma insistência, ele reencontrou o antigo companheiro, e recebeu a "encomenda" de uma música.

No auge da efervescência que a Black Music vivia neste período,  Tim compôs então "Não Vou Ficar", que encantou Roberto no ato. Seguindo todas as sugestões de arranjos e sonoridade passadas pelo amigo, a gravação foi um sucesso, arrancando críticas favoráveis pela "maturidade musical" que o Rei mostrava, fugindo das triviais baladinhas românticas de então. A música inclusive invadiu os cinema de todo país, na trilha sonora de um dos filmes de maior sucesso da época: "Roberto Carlos & O Diamante Cor-de-Rosa".

Mas ao contrário do que diz a letra, ouvir esta música vale muito à pena!


a

domingo, 22 de abril de 2012

"Cause I try and I try and I try and I try..."



Maior banda de rock de todos os tempos? Nelson Motta defende que sim. Afinal, manter o sucesso por 50 anos em todo o planeta, passando por tantas turbulências é uma missão única. Até defendo parcialmente: os Stones são gênio e inigualáveis, de um talento e carisma únicos. 

Apesar de tudo, para mim eles não são os maiores de todos os tempos. Sim, eles reúnem todas as condições para ser. Mas se não fosse um pequeno detalhe... 

Aproveite e desfrute aqui, alguns destes verdadeiros clássicos esternos!

Alvi-Negro x Alvi-Verde



As semi-finais do Campeonato Paulista serão quase iguais ao que todos esperavam: Santos x São Paulo em uma partida; e a outra, será um clássico entre um alvi-negro e um alvi-verde, arquirivais! Mas não será um Corinthians x Palmeiras, mas sim Ponte Preta x Guarani. Méritos aos times de Campinas, que souberam explorar os pontos fracos do rivais e venceram os confrontos únicos.

Sem a ladainha de "regulamento injusto que o time concordou", "Libertadores é prioridade", etc. e tal, reconheço que não faltou raça e determinação ao Corinthians. Entretanto, a Macaca soube anular os pontos fortes do Timão, em especial no 1º tempo, que não soube furar a forte marcação. Na etapa final, a pressão corintiana de nada serviu.

Infelizmente, a nota negativa do jogo ficou por conta da atuação do goleiro Júlio César. Sempre fui ferrenho defensor do jogador, em quem enxergo qualidades técnicas e demonstrações de ser um excelente caráter e homem de família. Um rapaz humilde, honesto, trabalhador, perseverante, que não usa a religião como elemento de marketing. E acima de tudo: um corintiano formado nas categorias de base do Parque São Jorge, que realizou o sonho de jogar no time que sempre amou.

Sempre defendi Júlio César de críticas que considerei injustas. No entanto, infelizmente, a partir de hoje serei obrigado a rever meus conceitos, concordando, por exemplo, com o jornalista Cosme Rímoli. Afinal, a exemplo do confronto contra o Goiás (valendo o título Brasileiro 2010) e contra o Santos (final do Paulistão 2011), mais uma vez, Júlio César falhou em um jogo decisivo. E hoje, foram duas falhas incontestáveis que resultaram em dois gols e a eliminação da equipe. 

A camisa do Corinthians pesa muito. Em especial, quando ela leva o nº 1 às costas. Sinceramente, o mata-mata da Libertadores não admite falhas, ainda mais depois de uma eliminação precoce no Pacaembu. Insistir em dar uma chance para Júlio César se redimir pode custar muito caro.


sábado, 21 de abril de 2012

52 Anos



Sim, sabemos das mazelas da política nacional, o quanto a construção de uma capital no Centro Oeste do país inflou nossa dívida externa, contribuiu com o sucateamento do transporte ferroviário, etc., etc., e etc. Entretanto, é inegável destacar a beleza inigualável de Brasília, que completa 52 anos da sua inauguração neste sábado (22).

Estive na Capital Federal uma única vez, a trabalho, em 2009 - um verdadeira maratona, em que sai de casa e fiz o trajeto de ida e volta entre Sorocaba - Campinas - Brasília das 8h às 23h30. Mesmo assim, aproveitei, passando em frente e me maravilhando com todos os espaços criados por Oscar Niemeyer, a partir da idealização de Juscelino Kubitschek e seguindo o Plano Diretor do urbanista Lúcio Costa.



O traço inconfundível de Niemeyer já apareceu hoje para quem acessou o Google, nas sempre excelentes sacadas com seus "Doodles". Logo em seguida, vi no Twitter ou Facebook (não me lembro mais agora...) um link do Uol, com belas imagens da cidade, o que publicaria aqui a princípio.



No entanto, comecei a pesquisar outras imagens que poderiam melhor representar a capital. Ironicamente, achei a fonte mais óbvia, mas que sequer havia pensado: o site do criador, Oscar Niemeyer. Vale a pena conferir algumas destes belos registros históricos, de outras criações deste gênio centenário ao redor do mundo. 


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Compartilhe com um amigo!



Comentei em outras ocasiões minha admiração a respeito das campanhas publicitárias da Coca-Cola, responsáveis por anúncios memoráveis que, com certeza, ajudaram a consolidá-la como uma das mais poderosas marcas do mundo há mais de um século. Mas nenhuma delas me surpreendeu tanto quanto a atual ação desenvolvida na Austrália.

Estratégias de comunicação que personalizam ao máximo o diálogo com o consumidor ou com pilares estabelecidos nas redes sociais da web deixaram de ser novidade há muito tempo. Entretanto, a forma ousada como empresa respondeu a uma não menos surpreendente - ao menos para mim - queda de vendas naquele país entre consumidores jovens é admirável.

Como a Coca-Cola fez para reverter este quadro? Simplesmente, pela primeira vez em 126 anos de vida, retirou sua valiosíssima marca dos rótulos, substituindo-a pelos 150 nomes australianos mais populares.



Utilizando o slogan "Compartilhe uma Coca-Cola com um amigo", a empresa lançou uma página específica para a campanha no Facebook, na qual os consumidores possam justamente compartilhar o conteúdo online, comentários e tudo mais o que a rede nos permite.

Alguns outros vídeos foram produzidos, específicos sobre algum dos nomes que aparecem nos rótulos. Será preciso comentar sobre os resultados desta estratégia?




Não localizei dados recentes do mercado brasileiro, de como estão as vendas do refrigerante por aqui. Mas sem dúvida, seria inegável o sucesso se algo semelhante fosse adotado no Brasil. Afinal, com certeza as Marias, Anas, Pedros e Joãos gostariam de levar sua Coca-Cola "personalizada" para casa!

Bem, não custa viajar, mas gostaria muito de ter minha Vini-Cola...

Saiba mais sobre a companha clicando aqui

quinta-feira, 12 de abril de 2012

"...Merecia a visita não de militares, mas de bailarinos..."

Foto: Gui Urban

Mais uma vez pessoal, volto a este espaço após um considerável hiato. Desta vez, não prometerei de novo que serei mais presente, vou dar mais atenção ao blog, e blá-blá-blá. Questões pessoais, profissionais, boas  e más razões... em resumo: uma série de fatores, mais uma vez, me impedem de estar mais  presente aqui, mesmo eu querendo o contrário. Enfim, vamos lá...

Contrariando a máxima jornalistica de que notícia se fala no dia ou não se fala nunca mais, abordarei um assunto acontecido há quase 15 dias, mas que a pena lembrar. Assisti no último dia 31 de março a mais um show da banda Os Paralamas do Sucesso, desta vez, com participação da cantora Pitty, dentro do projeto "Toyota Trilhas da Natureza", promovido em Sorocaba pela montadora japonesa. 


Esta foi a quarta vez que acompanhei a veterana banda ao vivo e, a exemplo do que relatei em 2011, saí da apresentação mais uma vez maravilhado com o talento dos tiozinhos e rouco de tanto cantar os grandes sucessos dos mais de 30 anos de carreira - dos quais decorei a grande maioria desde a década de 1990.

Mais do que isso, me impressionei como Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone continuam soberanos no palco, me fazendo confiar que sairei com esta sensação todas as vezes em que tiver a oportunidade de vê-los ao vivo. Apesar dos padrões nipônicos da organização terem encerrado o show antes do "Mais Um" - impedindo a execução de hits como "Meu Erro" e "Ska" -, a emoção valeu a pena, originando mais momentos inesquecíveis!.

Foto: Gui Urban

A boa novidade (sem trocadilho com o grande hit da banda...) foi a participação de Pitty. Sim, admito ter torcido o nariz quando esta baianinha baixinha, rostinho de menina e tatuada apareceu. Entretanto, sua trajetória artística me provou sua qualidade. Aliás, já disse isso: a considero o último sopro de vida inteligente na triste história do rock nacional do ano 2000 para cá...

Pitty cantou quatro músicas durante o show ao lado da banda, sendo dois grandes sucessos seus: "Me Adora" e bela baladinha "Dançando", do seu projeto paralelo "Agridoce".


Do trio brasiliense, cantaram uma versão agitada de "Mensagem de Amor" e a música que estão trabalhando do DVD ao vivo da banda. Aliás, uma das minha preferidas deles: "Tendo a Lua", que inclusive postei sua versão acústica no dia do meu aniversário do ano passado.


Mais do que isso, é engraçado se aproximar dos 30 anos e continuar curtindo a mesma banda desde a adolescência: a visível renovação do público. Fato: a grande maioria da molecada no Parque das Águas estava a espera da Pitty (reações comprovadas enquanto a cantora esteve no palco).

Mas com os rumos sombrios tomados pela música nacional, é bom demais ver a molecada vibrar ao ver de perto os tiozinhos cinquentões!!!

Foto: Gui Urban


*Veja mais fotos do show clicando aqui

segunda-feira, 26 de março de 2012

Insubstituíveis


Com alguns dias de atraso, mas não poderia deixar de falar a respeito da despedida de Chico Anysio. Reproduzo aqui a capa do jornal O Dia, por considerá-la uma ideia simples, até certo ponto óbvia, mas por isto mesmo, excelente. Estou considerando-a a melhor definição sobre a genialidade do artista.

Por mais óbvio que pareça dizer isto agora, mas é impressionante a capacidade única deste homem em ser vários. Arrisco até mesmo não chamar os personagens de Chico como personagens, mas sim como heterônimos. A exemplo dos poemas de Fernando Pessoa, cada um dos mais de 200 tipos criados por ele possuem personalidade, vozes, características físicas e psicológicas e trejeitos únicos.

Como bem lembrou o humorista Marcelo Madureira, "você olha para o Bozó e vê o Bozó, não o Chico". E assim como o homem que "Trabaia na Grobo", cada personagem de Chico representou muito na minha infância. 

Mesmo com menos de 7 anos e não entendia a essência de muitas piadas, mas adorava Tim Tones passando a sacolinha; as negociatas de Justo Veríssimo; as malandragens de Tavares e Nazareno; a dor nos quartos do Painho e o excesso de testosterona de Haroldo (do tempo em mandavam o politicamente correto às favas...);  os causos do Pantaleão; o Coalhada, que antecipou vários picaretas do futebol brasileiro de hoje em dia...

E cada um destes heterônimos, carregam bordões que eu e muitos outros lembramos até hoje (e guardarei sempre com muito carinho). Do mesmo jeito, que lembro até hoje com saudade da minha mãe me mandar escovar os dentes para que ele não ficarem iguais aos do Bento Carneiro... Ou de como esperava ansiosamente os conselhos semanais dados pelo Profeta e os péssimos alunos que atormentavam o Professor Raimundo...

Mais velho, conheci melhor os múltiplos talentos deste humorista, ator, roteirista, diretor, escritor, compositor e cidadão de personalidade forte e sem papas na língua, mesmo em relação a injustiças profissionais que sofreu de hoje quem o exalta. Aqui compartilho algum destes momentos de alguém de fato insubstituível.Sem dúvida, vocês sempre farão falta... 



"Não garaaavo!!!"




"Calaaada!!!"




"Vamos passar a sacolinha..."




"O hetero!!!"




"Eu quero que pobre se exploda!!!"




"Biscoitooo!!!"




"Meu garooooto!!!"





"Afff..."





"Jovem é outro papo!!!"




"Vampiro brasileiro..."




"E o salário, ó..."




O profeta



O Que Vi da Vida - Fantástico


domingo, 25 de março de 2012

Invicto who?

Foto: GazetaPress

Palmeiras líder do Paulistão, recordista em número de partidas invictos no Brasil, jogando melhor o 1º tempo... Sim, mas Corinthians é Corinthians! Bastou uma bobeadinha do rival, o Timão marcou dois gols em três minutos e soube segurar a vantagem até o final da partida, com o mesmo futebol que não é brilhante, mas é eficiente e vem dando resultado: líder do Paulistão e da Libertadores!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Único



Simplesmente o maior de todos. Me senti muito feliz ao ver nas redes sociais as muitas homenagens para ele, no dia em que estaria completando 52 anos de vida. Afinal, números, estatísticas e recordes passam, mas grandes feitos são eternos.

quarta-feira, 14 de março de 2012

"Má-má-má-mas olha meu cabeloooo...."



Volto após mas um período de relativa ausência deste espaço. Muita coisa relevante aconteceu neste período, que até pensei em comentar, mas deixei de fazer, sejam por razões pessoais ou profissionais. Então, decidi retornar hoje, justamente com um assunto sem importância nenhuma.

Aliás, irrelevante vírgula. Afinal, nada que seja relativo a Silvio Santos pode ser considerado irrelevante! Sou fã incondicional do maior gênio da TV brasileira e um dos maiores comunicadores do mundo em todos os tempos.

Até mesmo a tonalidade acaju dos cabelos do Sílvio: sempre foi para mim patrimônio nacional! Afinal, era de uma coloração única desenvolvida pelo cabeleireiro e fiel escudeiro Jassa para ele. Muitos até tentaram imitar, mas jamais igualar -  a despeito da lenda sobre uma suposta careca, persistente desde a década de 1970.

Confesso, com muita surpresa, li a notícia de que o Homem do Baú resolver assumir suas mechas grisalhas. Como esperava, não foi o único: logo o assunto se tornou um dos mais comentados em sites e redes sociais. E hoje, uma amiga me apresentou um especial do site da revista Caras (que só folheio em consultórios médicos e odontológicos). 

Vale a pena compartilhar: um especial com os cabelos do Silvio desde a década de 1960! Como o próprio diria: "É muuuito bom!!!"

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Lamentável

A respeito da confusão na apuração das notas do Carnaval de São Paulo: é por atitudes lamentáveis assim que escolas de samba ligadas à torcidas nunca serão respeitadas. Um bandido da Império da Casa Verde começou a confusão e os bandidos infiltrados na minha Gaviões só pioraram as coisas. Futebol é futebol, Carnaval é Carnaval e bandido é bandido. E deve ser tratado como tal! #FacaNaCaveira

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

"É sempre Carnaval no Brasil..."

Foto: R7.com

Felizmente, ao contrário do que o Luiz Melodia falou, não fico triste quando chega o Carnaval: muito pelo contrário. Entretanto, ao contrário do folião tradicional, nunca fui muito chegado aos blocos de rua, folia nos salões ou correr atrás do Trio Elétrico (mesmo que digam que "só não vai quem já morreu"). Como já relatei anteriormente, sempre fui "Folião de Sofá", apreciador dos desfiles das escolas de samba, tanto do Rio de Janeiro quanto de São Paulo.

Nos últimos dois anos, tive a felicidade de acompanhar ao vivo o espetáculo no Sambódromo do Anhembi - inclusive, relatei parte das sensações indescritíveis de estar lá. Infelizmente, neste ano, voltarei a acompanhar o Carnaval pela transmissão sonolenta da TV, com tudo que isso implica - estar por fora dos enredos, aprender os refrões dos sambas no momento do desfile e dormir antes do término da transmissão, com o aparelho ligado...

O coração continuará batendo forte pela Gaviões da Fiel, embora acredite que, mais um ano, não permitam que ela brigue pelo título. E fechando este Carnaval sem samba, lembrei de uma música que gosto muito, em que o Carnaval é brevemente citado - "Nem 5 minutos Guardados", dos Titãs. Uma bela composição de Marcelo Fromer e Sérgio Britto que, inclusive, homenageei com a imagem que ilustra o post.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Estréia Corintiana

Foto: Nikefutebol.com


Empate suado, no último minuto, fora de casa, com pressão do adversário e da torcida. A estréia teve exatamente a cara do Corinthians e também a cara do que é uma Taça Libertadores. Inclusive, nada mais justo que o gol deste 1x1 fosse marcado por um dos jogadores que melhor representa o que o o Timão: o incansável volante / cão-de-guarda Ralf.

A respeito do jogo, o time esteve abaixo do que demonstrou contra o São Paulo, pois começou bem melhor, mas não criava chances de gols. Ai, aconteceu outro característica fundamental da Libertadores: uma partida ser decidida nos mínimos detalhes. E foi o que o Deportivo Táchira tentou, marcando 1x0 em sua única conclusão.

Por muito tempo, o Corinthians desmontou, só voltando a pressionar o adversário no 2º tempo - que abusou da cera e teve um gol corretamente (e corajosamente) anulado pela arbitragem. De saldo, um ponto fora de casa é sempre positivo. Assim como o gol no último minuto pode servir para se perder o nervosismo da estréia e motivar o elenco.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pleasure to meet you: I'm Sir McCartney!



Apesar de assumidamente corneta, é sério: me questiono em algumas ocasiões se não estou ranzinza demais. Principalmente, quando questiono a qualidade do cenário artístico pop internacional ou os níveis cultural, conhecimento ou de maturidade dos adolescentes e jovens dos dias de hoje.

Uma vez, inclusive a cantora Pitty - quem considero o último sopro de vida inteligente no rock brasileiro - citou algo durante uma premiação do Vídeo Music Brasil, da MTV, que me fez pensar: precisamos tomar cuidado para não virarmos coroas rabugentos! 

Entretanto, certas coisas me fazem pensar o contrário. Hoje por exemplo: acho que sou muito bonzinho e estou pegando leve demais! Sim, afinal, jamais pensei que fosse ver um dia em que fosse preciso dar para a tão badalada "Geração Y" a seguinte explicação: Quem é Paul McCartney?

Aos preguiçozinhos que sequer se deram ao trabalho de digitar no Google, compartilhei no meu Facebook a resposta dada pelo jornal O Estado de S. Paulo, que agora publico aqui. Para ver mais um pouquinho sobre Sir McCartney, basta clicar aqui ou no marcador "The Beatles" no final do post. Se bem que, graças a Deus, os poucos, porém leais, amigos deste espaço sabem exatamente do que estou falando!


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Obrigado e volte sempre!

Foto: Edson Lopes Jr. / Terra

Após alguns meses afastados, como é bom encontrar um Freguês Fiel de novo! Em um jogo com gramado pesado devido a chuva e muita marcação, o Corinthians derrubou a invencibilidade do São Paulo neste Campeonato Paulista e venceu por 1x0. Azar do Tricolor, que não soube converter em gols os momentos em que pressionou o Timão, teve um pênalti mal batido por Jadson e abusou das faltas durante os 90 minutos.

Verdade seja dita, o Timão ainda não fez sua partida dos sonhos em 2012. Hoje mesmo, perdeu gols e sofreu uma pressão desnecessária de um adversário com um jogador a menos, após João Felipe ser justamente expulso após falta absurda em Jorge Henrique - absurdamente caçado durante toda a partida. Aliás, o zagueiro, improvisado como lateral, abriu uma verdadeira avenida pelo lado direito tricolor.

Importante é que valeram os 3 pontos e a manutenção do tabu contra o Freguês Fiel. E vitória em clássico dá moral para a estréia do time na Taça Libertadores nesta quarta-feira (15). Contra o Deportivo Táchira, traria de volta Liedson e Emerson Sheik. Entretanto, deixaria Alex de fora para manter Danilo - autor do gol  e melhor em campo na vitória hoje e mantendo grandes atuações desde o início do ano. 

Se o Maestro Douglas não estiver em condições para os 90 minutos, manteria Jorge Henrique na equipe. E agora, com a Libertadores, podemos dizer que 2012 definitivamente começa para o Coringão. E Adriano? Por mais que me chamem de otário, reafirmo aqui: #EuAcredito!

"O mundo é um moinho..."


Simplesmente primorosa a reportagem exibida na manhã deste domingo (12) pelo programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, relatando a passagem do gênio Mané Garrincha pelo Olaria, em 1972. Muita gente não sabe, mas o 2º maior jogador da história do futebol brasileiro encerrou sua carreira no pequeno time do subúrbio do Rio de Janeiro, já bastante desgastado pelas contusões e pela bebida.

Narrada pela cantora Beth Carvalho, nascida e criada no bairro, a matéria ouve alguns dos personagens que conviveram com o atacante neste período, entre colegas de time, torcedores e adversários. O vídeo está disponível no seguinte link. Excelente trilha sonora, com a maravilhosa "O Mundo É Um Moinho", do igualmente gênio Cartola.

Whitney Houston




Infelizmente, a história se repete mais uma vez. Soube com tristeza da morte da cantora Withney Houston, na noite desta sábado (11), aos 48 anos de idade e em circunstâncias desconhecidas. Mais um exemplo de um talento incomum que alcançou o estrelato em todo mundo, porém, uma série de escândalos e problemas pessoais fizeram o brilho ser ofuscado pela decadência.

Acima, postei umas das músicas dela que mais gosto, "I Have Nothing". Compartilhei aqui uma versão ao vivo, de um show dela no Brasil, inclusive, transmitido ao vivo pela Rede Globo, onde podemos ter uma amostra do seu talento.

O próximo vídeo é o clipe da música "I Look To You". Creio ter sido seu sucesso mais recente, com belíssimas música, letra e interpretação. Por aqui, contribuiu com o sucesso a trilha sonora da novela das 21h "Viver a Vida", tema dos personagens Luciana (Alinne Moraes) e Miguel (Mateus Solano) - casal que se tornou protagonista durante a trama.




Sem dúvida, encerrarei falando do maior sucesso de sua carreira, o filme "O Guarda Costas", de 1992. Withney interpreta Rachel Marron, famosa cantora e atriz que após receber ameaças anônimas, contrata o segurança Frank Farmer (Kevin Costner), ex-agente do Serviço Secreto do Governo dos EUA. Claro, ambos se apaixonam e vivem uma intensa história de amor.

A música "I Will Always Love You" foi a mais vendida de 1992 e é a 6º mais vendida de todos os tempos, com mais de 17 milhões de cópias vendidas (além das mais cantadas no mundo até hoje, especialmente, em programas de calouros). O CD com a trilha sonora do filme está entre os dez mais vendidos de todos os tempos. 

Arrecadando mais de US$ 150 milhões nas bilheterias, sem dúvidas, o filme tornou Kevin Costner um dos galãs mais cobiçados de Hollywood e um clássico na TV brasileira.  Impossível não se emocionar com sua interpretação á capela. E, sem dúvida, garantiu a Whtiney o status de estrela!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

“Choooora coraçããão...”



Assumo sem o menor pudor meu lado brega, como já comentei neste espaço mais de uma vez, ao contrário de muitos que gostam de posar por ai como membros de uma “elite cultural” e fazem “arte” às escondidas. Sem a menor ironia, considero Wando uma perda irreparável para a música brasileira.




Afinal, manter uma carreira de sucesso por quase 40 anos, com cerca de 500 músicas gravadas e mais de 10 milhões de discos vendidos não são marcas fáceis de serem atingidas por qualquer um. Ainda mais, fazendo shows por todo Brasil, emplacar vários hits ao longo dos anos nas rádios e em trilhas sonoras de novelas.


Acima de tudo, Wando se firmou no imaginário coletivo como um personagem da música brasileira. Nunca o vi ao vivo, mas passava a impressão de ser um cara extremamente gente boa e de bem com a vida.




E claro, a imagem sensual que construiu de si, mesmo sem ser um cara fisicamente atraente, como bem lembrou o sempre genial Xico Sá. Mas, com competência, soube combinar sua lendária coleção de calcinhas com declarações, gestos, perfomances e atitudes com suas letras românticas e de um cavalheirismo cafajeste, recheadas de um erotismo safado!



Só para fechar, contarei um episódio que presenciei aqui em Sorocaba em 2008, não em um show do Wando, mas do Zeca Baleiro – sem dúvida, um grande artista, mas por quem perdi parte do respeito desde então. Era uma apresentação da “Virada Cultural Paulista”, portanto, gratuita, no parque no entorno do Paço Municipal de Sorocaba.




Ao contrário do que se espera em uma apresentação deste tipo, Baleiro não cantou seu maiores hits, mas sim diversas músicas apreciadas somente por fãs mais ardorosos. Diante da frieza da maioria da platéia, o compositor respondeu, com certo desdém, à provocação de um espectador:

- “O que você estão querendo ouvir? Wando?

E diante da reação positiva, começou a dedilhar uns acordes no violão. E foi a única música que a platéia se extasiou e cantou inteira,  a plenos pulmões:

- “Você é luz! É raio, estrela e luar...”


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Espírito de Aventura!



Embora fevereiro esteja apenas em sua segunda semana e das grandes estréias confirmadas nos cinemas até dezembro, afirmo, sem medo de errar: “As Aventuras de Tintim – O Segredo do Licorne” está entre os melhores filmes de 2012! Aliás, como já fui assisti-lo duas vezes, cravo com convicção: ele merece lugar entre as maiores aventuras já produzidas em Hollywood. E, consequentemente, já se garantiu entre os melhores trabalhos dos cineastas Stevem Spielberg e Peter Jackson.

O resultado na telona é fruto de um sonho alimentado por Spielberg há mais de 30 anos, viabilizado graças à parceria com Jackson e outros apaixonados pelas aventuras do jovem repórter, criado na Bélgica em 1929, pelo cartunista Hergé e retratadas em quadrinhos em mais de 20 livros.




No Brasil, Tintim se popularizou especialmente na segunda metade da década de 1990, em razão do desenho animado, produzido alguns anos antes e exibido nos finais de tarde pela TV Cultura. A série contou com três temporadas e 39 episódios, que também agradaram aos fãs pela fidelidade à obra original. Inclusive, se posso apontar algum ponto discordante ao filme, é este: apesar da excelente trilha sonora, senti falta do marcante tema de abertura do personagem...




Agora falando do filme: absolutamente dispensável falar da estética, pois é primorosa a riqueza de detalhes de cada cenário e dos personagens, criados por computação gráfica sobre filmagens com atores reais. O roteiro consistente, baseado nos álbuns “O Segredo do Licorne” e “O Caranguejo das Tenazes de Ouro”, mescla com perfeição aventura, suspense, humor e momentos de superação dos personagens. Em resumo: exatamente o espírito que esperamos de uma diversão despretensiosa, mas de excelente qualidade!



O espírito destemido do jovem repórter Tintim é o ponto de partida da história. E o protagonista conta com o apoio de excelentes coadjuvantes, dos quais se destacam: o Capitão Archibald Haddock (muito mais engraçado do que me lembrava da TV); os atrapalhados Dupont e Dupond, agentes da Interpol; o inseparável cãozinho Milú – ao contrário do desenho (em que muitas vezes o achava bem chatinho), o fox-terrier rouba a cena e protagoniza algumas das melhores sequências do longa – bombeiros, vacas e roubos de chaves entre elas... E claro, um grande vilão: o Prof. Ivan Sacarin!



Mesmo mantendo o contexto original, Spielberg, Jackson e a equipe souberam com maestria agradar aos antigos fãs do personagem, mas, ao mesmo tempo, quem não o conhecia. A narrativa acelerada, o ritmo frenético dos acontecimentos e os efeitos visuais perfeitos têm tudo para conquistar a molecada.

Entretanto, felizmente, em nenhum momento o filme se prende às amarras do politicamente correto. Então, temos personagens que morrem, o Capitão Haddock continua alcoólatra e Tintim é um herói que, além de dar socos e chutes, porta arma de fogo e sabe atirar. E, garanto: sem traumatizar nenhuma criança ou afugentar pais conscientes.

E concordo com o que disse o site Omelete: Spielberg revelou que, mesmo adormecido por mais de 20 anos, o espírito de criança do diretor permanece muito vivo. E ainda bem: afinal, ele pode manter este mesmo espírito vivo em nós!


Agora, só para fechar, a íntegra da música tema do desenho animado da TV, composta por Ray Parker, Jim Morgan e Tom Szczesniak

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Bazinga!



Lembro do tempo em que ser Nerd era negativo. Mesmo porque, era categoria que mais me comumente me enquadravam... Significava você ser aquela figura estranha: sentava na frente da classe, estava entre as melhores notas, era elogio de professores, sem muito carisma social e alvo constante de cornetagens – assim como eram os magrelos, gordos, orelhudos, sardentos, míopes, altos, baixinhos, e todos os demais (e ninguém sofria bullying naquela época...)

E sempre assumi parcialmente este meu lado, por muitas de minhas características. Afinal, sempre fui fã incondicional de super-heróis, histórias em quadrinhos, filmes de aventura e ficção científica e novidades tecnológicas (embora nunca tenha sido ávido consumidor e, muito menos, profundo conhecedor técnico). Parcialmente, porque o todo, me incomodava...

A expressão se popularizou aqui no Brasil exatamente na minha infância, na década de 1980, devido ao sucesso de série cinematográfica “Os Nerds” (pura comédia besteirol dos EUA que, particularmente, nunca achei graça nenhuma). Entretanto, descobri que a expressão surgiu por lá há muitos anos: em 1954, na literatura.



Mas ao longo dos anos 2000, muito por conta dos avanços tecnológicos nas áreas da eletrônica, informática e telecomunicações, ser Nerd passou a ser legal. E desde então, passei a me denominar completamente Nerd, sem nenhum receio! Até que passei a ter sérias dúvidas...

Bem mais recentemente, descobri a existência de outra categoria: os Geeks! Digamos que eles são mais “descolados”: a diferença principal, segundo o site Olhar Digital, é os que “costumam ter interesses e estilos de vida mais específicos e se tornam experts naquilo que gostam. Mas não se enganem, pois muitas vezes, podem se mostrar pretensiosos e cansativos. Seus gostos pessoais incluem videogames, filmes, colecionar objetos, paixão por gadgets e tecnologia, computação, códigos, hacks, música eletrônica, entre outros. Além disso, costumam usar camisetas com frases irônicas e engraçadas”. 

Além disso, os Geeks costumas ter mais referências na cultura-pop, são mais antenados em tecnologia e costumam ser mais sociáveis, inclusive, com “castas” diferentes das deles. Ai então cheguei a conclusão: sou Geek!



Mas como nem tudo pode ser tão simples! Este mesmo texto do Olhar Digital explica as principais distinções ente um e outro. E ai sim pude perceber: pendo mais para o lado Geek, mas tendo característica tanto de um quanto de outro. Porém, não posso ser rotulado em nenhuma das categorias!!!

Porque? Enquanto Nerds “costumam se tornar profissionais como cientistas de foguetes, professores particulares, programadores, engenheiros, TI, inventores ou trabalhar em uma loja de vídeo”, os Geeks “web designer/desenvolvedor, TI, designer gráfico, designer/desenvolvedor de jogos, marketer, empresário, dono de uma loja de discos, bartender ou até barista em uma loja de café indie”.

Já eu, admirador das letras e ciências humanas, me encontro totalmente no universo da comunicação! Aliás, vai ver que é por isso tudo mesmo: como me defini no primeiro post deste blog: tenho orgulho de ser um grande especialista em generalidades!

E você? Não entendeu o título nem a foto do post? Com certeza, os Nerds e Geeks adoraram: Bazinga!!!

Nando Reis - Sou Dela

domingo, 29 de janeiro de 2012

3 pontos

Foto: Fernando Borges / Terra

E nada mais do que isso. Joguinho de dar sono, adversário fraco, um gol mal anulado do Linense. Mas um jogada individual de Emerson Sheik garantiu o 1x0. Bom pra confirmar a liderança 100% do Paulistão e fazer o tipo pegar ritmo de jogo. E ponto final.