terça-feira, 15 de novembro de 2011

Vitória por nocaute!


Logo que vi as primeiras imagens de divulgação do filme “Gigantes de Aço”, confesso não ter sentido vontade de assisti-lo. Imaginei se tratar de mais uma história de um pai relapso, que conhece o filho depois de anos e, e uma enxurrada de clichês depois, despertam os sentimentos e o amor verdadeiro. Entretanto, críticas favoráveis ao filme me fizeram mudar de idéia. Felizmente, descobri que estava enganado!

Longe de ser um marco na história do cinema, mas “Gigantes de Aço” combina diversão, adrenalina e emoção na medida certa. A melhor definição para ele é um entretenimento saudável para toda a família, sem níveis profundos de reflexão. Ou como bem definiu o site Omelete, o longa-metragem é uma espécie de “Rocky do século XXI”.

A Dreamworks conseguiu obter uma produção original misturrando elementos mais do que batidos, como as histórias de superação pessoal comuns em filmes de lutas (“Rocky – O Lutador”, “A Luta Pela Esperança”, “Menina de Ouro” etc.), pai e filho com relação conturbada (“Falcão, o Campeão dos Campeões” e “O Vencedor”), além de histórias emotivas com a marca de Steven Spielberg – guardadas as muitas diferenças, me lembrei um pouco de “Inteligência Artificial”.


Em 2020, o “Boxe de Robôs” a ser um dos esportes mais populares do mundo, ocupando o espaço que já foi do boxe e hoje é do MMA – afinal, a luta entre humanos teria perdido a graça. O ex-pugilista Charlie Kenton (Hugh Jackman) tenta sobreviver participando de campeonatos entre as máquinas valendo dinheiro, o que o deixa cada vez mais endividado.

Charlie então é obrigado a conviver com o garoto Max (Dakota Goyo), filho que teve com uma ex-namorada e, aos 11 anos, jamais conheceu ou teve qualquer informação sobre o pai. E é justamente no menino o diferencial do filme: ao invés de uma criança chata que acabou de perder a mãe e tem um pai relapso, Max é inteligente, irônico, ousado e teimoso - botando o malandro Charlie no bolso em muitas situações.



Outro protagonista da história é Atom, um ultrapassado robô sparring (criado para ser usado em treinos), achado pelo menino em um ferro-velho e com quem desenvolve uma relação de amizade e confiança. E graças à insistência de Max, Atom passa a participar de lutas e favorecer o nascimento de uma relação entre pai e filho. Sim, alguns clichês entram aqui, mas de uma forma leve e divertida, sem ser piegas!

Destaque também os elementos técnicos do filme, que retrata a visão de um futuro bem próximo. Os robôs-lutadores são muito bem feitos, assim como o ambiente dos ringues ilegais e da liga WRB, entidade equivalente ao UFC que conhecemos hoje.

Claro, os confrontos entre as máquinas em cima dos ringues são de tirar o fôlego! Para quem já torceu muito por Rocky contra Apolo Doutrinador, Clubber Lang, Ivan Drago, Tommy Gunn e Mason Dixon é impossível não fazer o mesmo por Atom diante dos adversários, muito mais fortes e poderosos do que ele!

2 comentários:

  1. O peso e qualidade do argumento faz toda a diferença. É preciso ter muito conteúdo pra escrever assim. Parabéns.
    abraço.

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  2. E quando a memória falha, o Google tá ai pra ajudar, haha... Valeu, abraço!

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