terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A Força despertou!



Sai do cinema há quase uma semana. Mesmo assim, ainda é impossível não me sentir envolto na atmosfera criada por “Star Wars: O Despertar da Força”.

O 7º episódio da franquia respeita o legado iniciado por George Lucas em 1977, resgatando nos fãs de diferentes gerações as emoções provocadas pela trilogia original, que serve de referência (não como cópia), apresenta este universo para um novo público, bem como aponta caminhos, porém, deixando todos intrigados sobre o futuro.

Sempre gostei de Star Wars, porém, confesso não ter muita intimidade com a saga. Nasci em janeiro de 1983, ano em que chegou aos cinemas “O Retorno de Jedi” (3º filme lançado e 6º da cronologia oficial).



Numa época em que vídeo cassete era privilégio de poucos, internet e TV por assinatura pareciam tecnologias mais distantes do que os sabres de luz, conheci a então “Guerra nas Estrelas” pelas constantes reprises na TV, desenho animado, brinquedos e outros poucos produtos.

Era o suficiente para um pequeno menino que amava heróis, lutas do bem contra o mal, naves espaciais, personagens carismáticos (incluindo robôs e extraterrestres) e muitos efeitos especiais se simpatizar com a saga.

Somente mais velho fui entender a Força, o conflito do Império contra a Rebelião, entre outros conceitos do roteiro, além do desenvolvimento dos personagens. Sensação que, nem de longe, foi atingida pelos episódios I, II e III, lançados entre 1999 e 2005 e que servem de prelúdio à trilogia original.



As decepções, somadas à compra da Lucasfilm pela Walt Disney e o afastamento de Geoge Lucas do projeto, só fez com que aumentasse a ansiedade no entorno de “O Despertar da Força”.
Felizmente, depois de tanta expectativa, o lado da Luz venceu!

Embora apresente o universo Star Wars para um novo público, “O Despertar da Força” é feito na medida para os espectadores mais antigos, com raízes fincadas na mitologia criada ao longo destes 38 anos! No meu caso, que fiz questão de assistir novamente a trilogia original a fim de reavivar lembranças que estavam pálidas na memória, foi incrivelmente recompensador.

A cada cena, impossível não lembrar imediatamente dos filmes anteriores: lado Negro se sobressaindo à Luz; desarranjos familiares; o conflito motivado por uma busca; personagens em dilemas morais; batalhas e fugas espetaculares; efeitos especiais de encher os olhos; um enredo com foco no conhecimento e escolhas; emoção; sofrimento; estase; dúvidas; está tudo na tela (mesmo com os engraçadinhos de plantão soltando spoilers...)



Impossível não sorrir sempre que surgia na tela nossos companheiros de tão longa data: Han Solo, Chewbaca, Leia, Luke, R2D2, C3P0, além de lembranças de outros que já se foram, mas que se fazem presentes.

Felizmente, Rey e Finn encontraram atores com a competência e carisma necessários para levar a saga à frente pelos próximos anos.

Mais emblemático ainda, como sinal dos novos tempos, destaco está nova etapa da saga ser protagonizada por uma garota, tendo como principal "sidekick" um garoto negro.



Entre os coadjuvantes, o mesmo vale para o pequeno androide BB-8 e o piloto Poe Dameron nos papéis de apoio.
 
Já Kylo Ren, embora seja um vilão ainda em conflito, mas vejo potencial para que ele cresça e se aproxime do legado de medo deixado por Darth Vader. O mesmo espero em relação ao Snoke, muito aquém do que representava Palpatine.

O filme deixa sim muitas questões em aberto. E exatamente isto é legal: ele sobreviver após a sala de projeção. Basta uma pesquisa simples na internet para vermos quantas teorias, fóruns de debate, vídeos e etc. com comentários, opiniões e teorias sobre o que deve acontecer nos próximos filmes. E, justamente, é esta a magia do cinema  e de Star Wars. E que a força permaneça conosco!


Nenhum comentário:

Postar um comentário