quinta-feira, 21 de abril de 2011

#RC70



Mesmo dois dias depois, não posso deixar de falar. Afinal, Roberto Carlos merece todas as homenagens recebidas pelos 70 anos de vida, que completou na última terça-feira (19). Até havia falado de minha admiração por ele durante o Carnaval, mas volto ao assunto por achar impossível pensar no cenário cultural brasileiro dos últimos 50 anos sem falar no Rei.

Roberto Carlos impressiona por se manter em evidência por mais de cinco décadas. E consegue isto não só mantendo o público que lhe é fiel desde o início, mas com uma incrível capacidade de renovação dos fãs – que, aliás, admiram o mesmo repertório dos mais antigos.

Apesar das muitas críticas dos ditos “especialistas” por ser um artista extremamente popular, é inegável a revolução representada pela Jovem Guarda. O movimento marcou o início de um rock genuinamente brasileiro, claramente inspirado pelo que os Beatles iniciaram alguns anos antes.


A influência dos Fab Four se deu inclusive na criação de um star system no entorno de seus artístas, levando se interessar por suas vidas fora do palco. O Rei e seus amigos inclusive se aventuram no cinema em algumas ocasiões – produções que até nos soam infantis hoje, mas que traduzem perfeitamente o ambiente da época.

Ao longo destes mais de 50 anos, o Rei cometeu erros e acertos em sua carreira, inclusive enveredando por músicas de caráter mais comercial do que artísticos (que o digam as gordinhas, baixinhas, mulheres de óculos ou de 40...). Por outro lado, há quem ataque pela falta de ineditismo em sua carreira há alguns anos.

Mas sinceramente, creio que estes tropeços servem apenas para humanizá-lo mais junto ao público, assim como os filhos de relações extraconjugais, ser uma das primeiras pessoas a falar abertamente sobre sofrer de Transtorno Obsessivo Compulsivo e os dramas pessoais que sofreu com as precoces mortes de duas esposas e, a uma semana, da enteada considerada filha.

Enfim, mesmo considerado Rei, apenas humano como todos somos. Apenas com uma rara e incrível capacidade de descrever paixões, sensações e sentimentos existentes, traduzindo-os em pura emoção. E abaixo publico a canção que Roberto Carlos melhor expressou este talento.

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