segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Seria diferente?



Vou dar meus palpites a respeito da polêmica envolvendo o afastamento de Rafinha Bastos do CQC. Diferentemente do Pânico na TV, não acho que esta história seja um factóide criado pelo programa. Sem cair no maniqueísmo que insiste em dividir o mundo entre bons e maus, vamos às minhas impressões:

- Sou telespectador fiel do CQC e gosto do estilo de humor sarcástico do Rafinha. Entretanto, há tempos o humorista tem passado, achando não haver limites para arrancar risos, mesmo que seja com ofensas.

- Considerei a piada sobre a cantora Wanessa extremamente infeliz e de mau gosto. Ainda mais por não ter sido a primeira vez que Rafinha apresentou tal comportamento, achei justa a punição estabelecida pela direção da Band.



- Entretanto, vale ressaltar que Wanessa é casada com o empresário Marcos Buaiz. Entre outros investimentos, ele é sócio de Ronaldo Fenômeno na agência de marketing esportivo 9ine. E o ex-jogador sempre participou das brincadeiras do programa, inclusive "se pesando" ao vivo, além garantindo uma participação ao vivo do lutador de MMA Anderson Silva, também contratado da empresa.

- Ronaldo ainda é garoto-propaganda da Claro e, inclusive, atualmente co-estrela uma campanha que está no ar, juntamente com Marco Luque, outro apresentador do CQC. O humorista divulgou nota de repúdio à atitude do colega. Mesmo assim, teria sido substituído por Marcelo Adnet em outro anúncio da empresa de telefonia, por suposta recusa do Fenômeno em associar sua imagem ao CQC.

- Agora uma breve reflexão: se não mexesse com quem não devia, Rafinha seria punido? Difícil de advinhar, mas vamos lembrar da odiosa e preconceituosa postura do jornalista Bóris Casoy, uma vez em que achou que estava fora do ar:




- Desta outra vez, apenas um pedidinho de desculpas, bem dos mequetrefes, já bastou à direção da emissora, mesmo com todo preconceito e discriminação relatadas pelo âncora do Jornal da Noite. Seria diferente se os garis fossem anunciantes em potencial?



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