quarta-feira, 18 de março de 2015

7.º empate

Jesus Vicente / EC São Bento


Mais um empate: o 7.º em 10 partidas. Mais 2 pontos perdidos em casa. 2/3 do campeonato já se foram: faltam agora 5 partidas.

Entretanto, desta vez gostei muito do que vi: o São Bento ajustou os pontos que considerei fracos nas partidas anteriores. Ainda mais com um adversário reconhecidamente difícil: Mogi Mirim, a melhor equipe do interior.


O time dominou a maior parte do tempo, mas, desta vez, com efetividade: pressionou o adversário, criou chances reais de gol, que resultaram em pelo menos 2 defesas improváveis do goleiro Daniel e um gol anulado (das cadeiras do CIC, não consegui ver se bem ou mal).

Paulo Roberto acertou em inverter a formação do meio-campo, hoje com 2 volantes e 3 meias. Manteria o desenho para enfrentar o XV em Piracicaba, ainda mais com a volta de Eder após suspensão, um dos principais do time (volante que marca, cria, ataca e faz gol) e talvez do lesionado Renan (que está queimando minha língua, cumprindo bem o papel de cão-de-guarda).

Na criação, Eder Loko (nem deveria ter saído do time), Giovanni (rendendo mais próximo do que se espera dele) e Diego Barbosa (embora um pouco aquém) deram conta do recado e devem permanecer, até porque o contundido Renan Mota não deva retornar ainda.

Ao contrário dos jogos anteriores, Paulo Roberto alterou a forma do time jogar quando foi preciso ir para cima do adversário com 10 jogadores, "atendendo" aos apelos da torcida e colocando os velozes Markinho e Tremonti para atacar (ao invés de insistir no pouco produtivo Chico).

Pontos fracos, cito apenas Alex Reinaldo na lateral-direita (que a cada jogo só faz aumentar as saudades de Veloso) e o centroavante Danilo Alves, que substituiu o autor do gol Romário e esteve abaixo da equipe.

Agora, triste mesmo só o comportamento vergonhoso de parte da torcida. Ver o time perder tantos pontos de bobeira dentro e fora de casa (Linense, Botafogo, São Bernardo e Red Bull) chateia e incomoda a todos. Ainda mais por ver na equipe potencial para estar no calcanhar da Ponte Preta em busca da 2.ª vaga do grupo, não preocupado com rebaixamento.

Cobrar é um direito do verdadeiro torcedor, é verdade. Agora quem vai ao estádio para vaiar o time com menos de 20 minutos de jogo, ir ao alambrado ofender treinador continuamente ou chutar porta de vestiário para xingar quem quer que seja é atitude de vândalo. Felizmente, foram casos isolados, nos quais a segurança do clube e a Polícia Militar agiram com competência.

Como lembrei no começo, o tempo está passando e meio campeonato já se foi. Mas o São Bento só depende dele para tranquilizar sua situação de vez: sábado é um bom dia para começar, mesmo fora de casa. Ganhar de Bragantino e Capivariano no CIC é obrigação.

Garra e determinação não estão faltando: basta ter mais foco, confiança e controle! E os verdeiros torcedores estarão sempre ao lado do Bentão!

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