quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

"Somos vilões. É o que fazemos"



Assim que a Warner Bross Pictures anunciou a criação de um grande universo cinematográfico da DC Comics, anos após despertar de um sono profundo – mesmo possuindo direitos sobre todos seus personagens e ver a Marvel ser aclamada pelos fãs e faturar milhões em cima de milhões – confesso que o projeto que mais me deixou temeroso foi “Esquadrão Suicida”.

Além de não ser conhecida pelo grande público, ela não é uma equipe nos moldes da Liga da Justiça, X-Men, Os Vingadores, Quarteto Fantástico, Changeman ou Power Rangers. Afinal, eles não são heróis; nem, tampouco, eles são anti-heróis com conflitos de consciência: eles são vilões!

Vilões da pior espécie possível, diga-se de passagem. Vilões recrutados de forma ultrassecreta em nome do governo dos EUA, sob comando da modafâquer master Amanda Waller, para executar as missões mais FDP possíveis, aquelas que ninguém em sã consciência teria coragem de cumprir.



De cara, fiquei receoso pela possibilidade disto ser deturpado na tela, até por conta de experiências traumatizantes anteriores do estúdio (só procurar no Google por “mulher gato halle berry”, “batman joel schumacher” e “lanterna verde filme”).

Anunciaram um elenco estelar, com Will Smith, Viola Davis, Margot Robbie e Jared Leto. Não tive receio com a escalação do Leto como Coringa, pois o inevitável mimimi por sua comparação com o Heat Ledger foi o mesmo mimimi que Ledger sofreu ao ser comparado com Jack Nicholson (claro: agravado e muito por toda a tragédia que se sucedeu...). Agora, pé atrás mesmo eu tive com o visual funkeiro ostentação do Palhaço do Crime, isto sim...

Entretanto, a confiança foi aumentando e as desconfianças deixadas de lado conforme a divulgação do filme foi crescendo, até chegar a divulgação do primeiro trailer: um grande clima de insanidade, muito bem marcado pela sombria versão do hit pop-romântico “I started a joke”, dos Bee Gees.



E hoje, a internet veio mais uma vez abaixo com a divulgação do segundo trailer. Mais uma vez, ficou clara a de mostrar a insanidade que permeará o filme, seja pela edição frenética, a rápida sobreposição de imagens e a forma como cada personagem foi apresentado, afinal, Coringa e Alerquina são os mais conhecidos pelo grande público (talvez Amanda Waller, para quem assistiu os desenhos da Liga da Justiça dos anos 2000).

Melhor ainda a sacada de escolher “Bohemian Rhapsody” como trilha sonora. Para mim, a melhor música do Queen, inusitada ópera-rock com mais de 6 minutos, sucesso absoluto e impensável no cenário musical atual.

Enfim: se a missão do “Esquadrão Suicida” era garantir ansiedade do público para a estreia, no próximo 4 de agosto, a missão foi plenamente cumprida. Afinal, como nos lembrou a linda e louca Arlequina: “Somos os vilões. É o que fazemos”.


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