sábado, 3 de março de 2018

Nada de novo

Foto: Red Bull Brasil / Divulgação


Mais uma vez, o mesmo esquema tático, os mesmos erros de passe, a mesma falta de criatividade, o mesmo medo em chutar em gol, as mesmas substituições, a mesma falta de preparo físico, as mesmas lesões musculares, o mesmo placar. 

Contra o Red Bull, em Campinas, o São Bento saiu de campo com mais um 0x0 na conta, complicando a classificação que parecia fácil. São 337 minutos sem marcar gol.

Acompanhei a partida pelo rádio e não gostei das únicas novidades que percebi: a postura da diretoria, comissão técnica e jogadores em dificultar o trabalho da imprensa e discutir com torcedores que criticam a equipe. 

Como se aqueles estão trabalhando ou os que pagam ingresso, vão ao estádio, viajam e dedicam muitos momentos de suas vidas ao time fossem culpados pelos tropeços da equipe... 


Além de insistir no 4-2-3-1, Paulo Roberto Santos insistiu em manter no time o volante Maicon Souza e o atacante Lucas Crispim, símbolos máximos da ineficiência. 

No comando do ataque, o esforçado Anderson Cavalo deu lugar a Lúcio Flávio, que voltou de lesão após 30 dias e, nos 45 minutos em que esteve em campo, fez o mesmo de antes da contusão: nada de produtivo.

Inexplicavelmente, o técnico tirou o meia Celsinho, um dos destaques do time até aqui, e escalou Diego Oliveira, que vinha sendo pouco aproveitado e fez uma boa partida. 

Porém, Paulo Roberto manteve a tradição de fazer nas mesmas posições em todas as partidas: trocou Diego por Celsinho, ao invés de deixar dois meias criativos juntos.

Gostei da postura do Bentão na primeira etapa: parecia que o gol seria questão de tempo. Ledo engano: no segundo tempo, voltou a postura retrancada e medrosa de praxe, dando chances ao Red Bull chegar (faltou qualidade), poucas oportunidades de gol. 

Claro, as substituições foram as mesmas de sempre, que não deram resultado de novo: saiu o centroavante (Lúcio Flávio por Léo Itaperuna) e um dos pontas (Everaldo, novamente apagado, por Cassinho). 

Mais uma vez, foi visível o cansaço da equipe no segundo tempo e mais dois atletas, Luisão e Celsinho, saíram de campo com lesão muscular.

Fora de campo, segundo os colegas da Cruzeiro FM, após os últimos tropeços, o São Bento optou por blindar o elenco da imprensa: durante a semana, só houve um treino aberto (com reservas) e uma coletiva do treinador; durante o jogo, somente um jogador foi autorizado a falar no intervalo e um ao fim da partida.

Conforme a emissora registrou, torcedores (com toda razão) criticaram a equipe quando Paulo Roberto se dirigia ao vestiário, o que levou o zagueiro João Paulo e o capitão Marcelo Cordeiro (que está devendo futebol em 2018) a tomar satisfação no alambrado, sendo tirados do local por Celsinho e pelo dirigente Giovani Coutinho.

A questão não é resultado: a classificação por enquanto está garantida. Porém, é preciso torcer para o Ituano hoje contra o Novorizontino, para que o Tigre não nos ultrapasse na classificação; e vencer o próprio Ituano na terça-feira em casa.

Como já disse anteriormente, o Bentão precisa fazer uma autocrítica e corrigir erros. Porém, precisa identificar os erros corretos. O primeiro deles é mudar esta mentalidade de série A-3 e “brigar para não cair”...

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