sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Quase 5 minutos + arbitragem ruim + má atuação = 5 pontos perdidos

“Sim: a fraca arbitragem influenciou no placar. No entanto, se o São Bento tivesse apresentado um grande futebol, nada disso teria acontecido...”

Observado por Celsinho, Régis comemora o gol. Mais uma vez, o lateral direito esbanja categoria (Foto: Fábio Rogério)


Uma vitória contra um grande, um empate fora de casa e uma vitória fora de casa.

Após um início acima das expectativas, o Paulistão 2018 reservou ao São Bento três jogos consecutivos em Sorocaba contra 3 times em situação ruim: era a chance perfeita para garantir mais 9 pontos e encaminhar a vaga na 2.ª fase. Era...

Depois de perder para a Ponte Preta no domingo (dia 28), o Bentão encarou o Santo André nesta sexta-feira (dia 2). Embora nenhum dos dois times tenha apresentado um grande futebol, abrimos o placar, em mais uma bela jogada sucedida por gol do lateral Régis.

Destaque ainda para um pênalti muito claro cometido no meia Celsinho, solenemente ignorado pelo árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza.

Diga-se de passagem, foram inúmeras faltas ignoradas pelo juiz, incluindo um forte carrinho por trás do zagueiro Domingos em Anderson Cavalo (que ainda rendeu cartão amarelo ao centroavante beneditino) e uma cotovelada sofrida por Lucas Crispim (volto a falar do atacante depois).

No 2.º tempo, embora sem qualidade, o adversário chegou mais vezes (com direito à cobrança de falta no travessão) e empatou com um chute fraco de longe, numa bola defensável.

Aliás, Henal reassumiu o gol do Azulão hoje, após atuar cerca de um ano e meio pelo Cuiabá, graças à lesão de Rodrigo Viana. Entretanto, suas estranhas saídas de gol denunciaram a falta de ritmo de jogo.

O Bentão voltou à frente do placar em pênalti cobrado pelo capitão Marcelo Cordeiro, marcado após uma incontestável mão na bola do defensor do Santo André.

A vantagem não se converteu em tranquilidade para o São Bento valorizar a posse de bola e segurar o jogo, pois toda hora ofereceu chances de contra-ataque para o adversário.

E a polêmica final: o árbitro deu 4 minutos de acréscimos ao 2.º tempo. Quando o cronômetro já havia ultrapassado os 49 e ele dirigia-se ao centro do campo para encerrar, eis que surge um contra ataque do Santo André e o gol de empate, confirmado após vários segundos em juiz e bandeirinha titubearam.

Depois do apito final, o técnico Paulo Roberto Santos e atletas, indignados, cercaram o árbitro para questioná-lo. Em meio à confusão, o atacante Everaldo terminou expulso com o jogo encerrado.

Sim: a fraca arbitragem influenciou no placar. No entanto, se o São Bento tivesse apresentado um grande futebol, nada disso teria acontecido...

Certas situações estão tornando-se repetitivas porque a equipe tem falhado justamente nos pontos mais fortes dos últimos anos: marcação intensa, sistema defensivo sólido e contra-ataques rápidos pelos lados do campo.

Pelo lado direito, Lucas Crispim tem a mesma funcionalidade de um cone: não cria situações de perigo no ataque, nem ajuda o sistema defensivo, parece sempre perdido em campo por tentar criar jogadas bonitas (sem conseguir). Tanto que forçou Cavalo a sair da área inúmeras vezes para tentar buscar a bola.

Hoje, por exemplo, Everaldo deveria ter sido titular no lugar de Crispim, não de Léo Itaperuna (que embora não seja craque, é esforçado e não vinha comprometendo). Aliás, estranho o fato de Cassinho não ter entrado em campo ainda em 2018 após ótima série C, sendo excluído até do banco de reservas hoje.

No meio-campo, Maicon Souza vem atuando mal após o grande jogo com direito a golaço de falta na estreia contra o São Paulo. No 2.º tempo, deu lugar a Diego Felipe, que deu mais consistência como segundo volante e acredito que mereça uma oportunidade como titular.

Já o meia Diego Oliveira, após lesão na pré-temporada, estreou ao substituir Celsinho na segunda etapa (que jogou bem, mas cansou novamente). Demonstrou qualidade técnica como meia de criação, tanto para assumir a condição de titular como único maestro ou ao lado de Celsinho, numa possível (mas improvável) mudança tática.

Após perdermos Rodrigo Viana e Douglas Assis por lesões musculares na semana passada, hoje foi a vez de Lúcio Flávio, logo no início do jogo. Como o centroavante já não vinha bem, deve perder de vez o lugar para Anderson Cavalo ou Elias, que ainda não entrou em campo.

Resumindo, dos 6 pontos que poderiam ter sido conquistados domingo e sexta-feira, veio apena um. Caso a 2.ª fase seja a meta, ganhar da Linense na próxima sexta-feira é mais do que obrigação: é preciso ganhar e convencer!

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