domingo, 9 de janeiro de 2011

28

Aprendendo a andar em Avaré, em 1984, com pouco mais de 1 ano



Pois é, sinto este número pesar. Com certeza, 28 pesa menos que 30, mas impossível não pensar nesta data que se avizinha. Sim, alguns poderão falar que sou novo, ainda está longe de eu ficar velho de verdade, etc. e tal. Mas comento isto pelo fato como venho sentindo tempo passar em uma velocidade espantosa. E 28 é um bom comparativo, pois há exatamente 10 anos, eu completava 18 anos.

Retorno então para o dia 9 de janeiro de 2001, data aguardada por uma imensa ansiedade. Afinal, além da expectativa por finalmente ser considerado “adulto”, vivia a ansiedade por esperar o resultado do vestibular da Unesp, após ser eliminado da Fuvest na 1ª fase. Confirmada minha aprovação, no mês seguinte, rumei para Bauru, cidade onde viveria pelos 4 anos seguintes, na busca por concretizar meu sonho de ser jornalista.

Incrível como de lá para cá, a vida acabou me levando por alguns caminhos diferentes daqueles que havia traçado. Entretanto, por meio deles, acabei obtendo muitas realizações de forma mais rápida do que havia planejado. Assim, nunca vou ter certeza sobre o que não aconteceu, mas acredito que estes rumos imprevistos me permitiram conquistas de forma mais plena.

 Clark Kent foi o 1o jornalista que eu sonhava ser (1986 ou 1987)


Até pelo fato de fazer aniversário logo após a virada do ano, costumo ficar mais introspectivo e estender meu período de reflexões pessoais. Evidentemente, de lá para cá muita coisa deu errado; quebrei a cara e dei cabeçadas muitas vezes; me arrependi por muito que fiz e não fiz; pessoas cruzaram meu caminho: algumas ficaram e outras passaram, mas algumas deixaram marcas importantes; muito do que sonhava não se concretizou, etc., etc. e etc. Mas sem demagogia: quando paro para pensar, tenho mais o que comemorar do que a lamentar, além de confiar de que muito ainda está por vir.

Mas voltando à idéia que me rondava ao começar o texto, me assusta o fato de não ser mais menino. Por exemplo, chegar em um ambiente de trabalho e ver que você não é mais o mais novo da equipe; as pessoas quando lhe atenderem por “senhor”; ver sua irmã e suas primas que, literalmente, viu engatinhando estão querendo entrar, cursando ou terminando um universidade; as crianças mais novas cada vez maiores e por ai vai...

E engraçado como estas memórias de tudo que vivi, especialmente as emoções me parecerem recentes. E esta essência que faz com que continue me enxergar como um menino, com permanente necessidade de atenção por aqueles mais próximos; que continua a ser como os heróis que admira, capaz vencer todos dos desafios que aparecem pela frente; mas, principalmente, ainda capaz de sonhar e acreditar!

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